Itália com um bambino – parte 1

A Itália é um país realmente incrível. Essa é a conclusão que chegamos após 13 dias de viagem com nosso filho pelo país da bota. Cultura riquíssima, cenários deslumbrantes, comida maravilhosa somados a um povo simpático e acolhedor que adora crianças! Todos esses ingredientes fizeram deste o destino ideal para nossa primeira viagem com o Nico.

Já havíamos visitado Veneza em nossa lua-de mel e, desde então, ficamos com muita vontade de conhecer outros lugares da Itália. Também rolou um interesse natural pelo fato de o casal ser descendente de italianos e, por fim, os meses em que faríamos a viagem (setembro e outubro) são perfeitos pra conhecer a região da Toscana, seja pelo clima mais ameno como também por ser a época da colheita das uvas.

Nossa ideia inicial era visitar apenas Roma e Toscana, mas pesquisando um pouco sobre as demais regiões italianas, ficamos encantados com as fotos da Costa Amalfitana. Estando localizada a apenas 3 horas de Roma, resolvemos incluí-la na nossa viagem. Nosso roteiro ficou assim: 4 dias em Roma/ 3 dias na Costa Amalfitana/ 4 dias no interior da Toscana/ 2 dias em Florença.

Um breve adendo: tivemos muitos problemas na emissão da passagem do Nico com milhas, mas isso será tema de um próximo post. Faremos também postagens específicas sobre cada lugar visitado na Itália, já que o objetivo aqui é apenas fazer um relato geral da viagem.

O voo de ida foi direto Rio-Roma e o de volta Florença-Rio, com escala em Roma, todos pela Alitalia. A escolha por um voo direto na ida foi muito importante, mas o nosso medo era o horário: partia às 14:35hs. Assim, o Nicolas (com 1 ano e 6 meses na época) ficou acordado durante boa parte do voo. No fim, a experiência de voar pela primeira vez não foi tão complicada quanto nós imaginávamos. Ele estava tão animado com a idéia de voar de avião que passou a primeira hora vendo a paisagem pela janela e explorando aquela novidade. Compramos, ainda, alguns brinquedos desses baratinhos, o que o manteve entretido por mais umas 2 horas, até que jantou e dormiu. Como era menor de 2 anos na época, pedimos pra que  colocassem aquele berço de avião que as companhias aéreas disponibilizam, mas ele já estava grande demais pra dormir ali. O lado bom foi que nos colocaram em uma das fileiras da frente, que tem bem mais espaço (ATENÇÃO: apesar de ter mais espaço, a divisória entre os assentos da primeira fileira geralmente não sobe, dificultando muito caso queiram deixar a criança deitada no colo dos pais).

Roma

Chegamos em Roma bem cedo e pegamos um taxi até o hotel Gens Luxury Suites, que fica bem ao lado da Piazza Navona. Eu diria que foi nossa 1ª aventura porque o motorista parecia que estava em uma corrida de Fórmula 1. Embora a localização fosse perfeita, a recepção do hotel funcionava apenas durante determinado período (li no site deles que a recepção agora é 24 horas), então tivemos que ficar uns 20 minutos do lado de fora esperando a funcionária chegar. Tirando esse probleminha na chegada, só temos elogios a fazer. Quartos muito limpos e confortáveis, funcionários prestativos, localização excelente e ainda davam um croissant com suco ou café no café da manhã (bem simples).

Piazza Navona
No Coliseu com o papai
Jogando moedas na Fontana di Trevi com a mamãe

Depois de deixar as malas no hotel e tomar um bom banho, foi só aproveitar aquela linda cidade. Piazza Navona, Fontana di Trevi, escadarias da Piazza di Spagna, Panteão, Coliseu, Fórum romano, Vaticano… Enfim, muita coisa pra ver nessa cidade encantadora. Fora que simplesmente passear pelas ruas de Roma, tomando um gelato italiano, já é uma experiência incrível.

O Nico curtiu as coisas mais simples, como ficar descendo os degraus da Piazza di Spagna e vendo os artistas de rua, mas certamente o ponto alto foi a tarde que passamos na Villa Borghese, o parque mais importante de Roma e que fica lotado nos finais de semana. Alugamos uma bicicleta elétrica familiar e ele simplesmente adorou o passeio (ficou sentado na parte da frente sozinho). Lá também tem parquinhos, carrossel, lagos e muitas atividades para os pequenos. O passeio mais complicado, com toda certeza, foi o museu do Vaticano. O lugar é abarrotado de gente e você acaba tendo que seguir o fluxo pelos corredores. Nós ainda cometemos o grave erro de entrar no museu com o carrinho do Nicolas, o que acabou dificultando muito a locomoção.

Na última noite em Roma, fomos ao Trastevere (bairro imperdível) comer a melhor pizza da vida no restaurante Ivo a Trastevere e voltamos cedo para o hotel, já que na manhã seguinte pegaríamos o carro alugado e partiríamos em direção à Costa Amalfitana, com direito a um pit-stop rápido em Pompeia.

Costa Amalfitana

Infelizmente, decidimos não entrar em Nápoles, por estarmos com tempo curto e, principalmente, pelo conhecido trânsito caótico da cidade. Uma pena, mas fica pra uma próxima viagem.

O percurso que liga Roma até Nápoles é bem tranquilo, sem nenhuma paisagem muito especial até chegar ao Vesúvio (vulcão ainda ativo que destruiu Pompeia em 79 d.C.), quando então a autoestrada A3 passa a circundar a encosta do vulcão. Foi a primeira de muitas paisagens impressionantes que veríamos nesse dia.

Strada Statale 163

Já em Pompeia, apesar do pouco tempo, foi bem legal ver aquelas ruínas extremamente bem conservadas devido à lama e cinzas que cobriram a cidade por mais de 1600 anos, protegendo-as do efeito do tempo. Ficamos lá por apenas 2 horas e fomos em direção à Costa Amalfitana, que nada mais é do que um trecho de aproximadamente 60 quilômetros da Strada Statale 163, entre as cidades de Sorrento e Salerno, tendo como principais cidades turísticas Sorrento, Positano, Ravello e Amalfi. Optamos por ficar hospedados em Positano, cidade mais cênica (e também mais cara) da região, mas, caso queiram economizar um pouco em hotéis e restaurantes, Sorrento é a melhor opção.

Nico em Pompeia

Difícil encontrar palavras pra descrever a beleza do lugar. Desde a estrada estreita entre o mar e as montanhas até a cidade construída em um penhasco, todo o cenário mais parece uma pintura. Em Positano, nos hospedamos no Hotel Marincanto, que tem uma das vistas mais fantásticas que se possa imaginar, com uma ótima localização. A cidade é bem charmosa, com muitos restaurantes legais, lojas de artesanato, galerias de arte, uma praia de água azul turquesa, além de escadas e mais escadas que parecem não ter fim! Pra todo lado há lojinhas vendendo objetos de cerâmica bem coloridos e o limoncello, licor de limão típico daquela região.

Vista do quarto do nosso hotel em Positano

Nos dias seguintes, visitamos Amalfi, que apesar de bonitinha não tem nada demais, e fizemos um passeio de barco até a ilha de Capri. Pra chegar em Capri, pode-se pegar uma barca grande que parte de várias cidades (inclusive Positano e Sorrento), sendo a opção mais rápida (trajeto de 30 minutos) e barata. É possível, ainda, contratar um barco menor que faz um tour ao redor da ilha, parando em alguns lugares como a famosa Gruta Azul antes do destino final. Optamos pela primeira opção porque era a primeira vez do Nico em um barco e não sabíamos como ele iria se comportar. A ilha é linda e muito luxuosa, com alguns visuais belíssimos, praias e lojas de grife por todo lado.

visual da Ilha de Capri

Após 3 dias na Costa Amalfitana, fizemos uma longa viagem de cerca de 5 horas até o nosso próximo destino: a Toscana. Apesar de termos adorado a Costa Amalfitana, a experiência toda deu bastante trabalho por conta da dificuldade de locomoção nas escadarias de Positano e pela grande distância que tivemos que percorrer de carro até a Toscana. Isso nos fez pensar se não teria sido melhor deixar esse destino para uma outra viagem, quando Nico estivesse um pouco mais velho.

Capri

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