Como planejar uma viagem para Orlando

Um bom planejamento pode ser a grande diferença entre a viagem dos sonhos e uma não tão especial assim, principalmente em se tratando de um destino que oferece tantas alternativas de roteiros, hotéis, voos, etc. Orlando, que recebe mais de 60 milhões de turistas por ano, tem atrativos para todo o tipo de viajante, podendo ser explorada de forma variada. Por isso, listamos algumas etapas que devem ser observadas ao planejarmos uma viagem para a cidade.

Escolher a época do ano:

Após diversas visitas a terra do Mickey, percebemos o quanto é importante escolher o período mais adequado às nossas prioridades. Temperatura, lotação dos parques, eventos especiais e promoções nos shoppings são alguns dos fatores que irão variar conforme a época do ano.

Embora a Florida não seja um lugar tão frio, se comparado com o restante dos Estados Unidos, o inverno em Orlando (de dezembro a março) costuma ser mais rigoroso do que na maior parte do Brasil, não sendo raras temperaturas na faixa dos 10°C ou até menos, além de dias mais curtos. Com isso, fica praticamente inviável frequentar os parques aquáticos, que costumam fechar nos dias mais frios, ou as atrações que envolvam água. O verão, por sua vez, chega com tudo nos meses de julho e agosto, com temperaturas beirando os 40°. Além disso, historicamente, julho é o mês mais chuvoso e novembro o mais seco.

Epcot Center

Aspecto essencial na escolha do período pra visitar Orlando é a lotação dos parques, especialmente para quem viaja com crianças pequenas (que não terão paciência pra esperar 1 ou 2 horas em uma fila). Em regra, o período de janeiro a março é mais vazio, devido às baixas temperaturas e ausência de grandes eventos, mas, por outro lado, o horário dos parques é um pouco reduzido e algumas atrações costumam fechar para manutenção. Em abril ocorre o “Spring Break”, paralização das escolas americanas por cerca de 2 semanas (as datas exatas variam a cada local), fazendo com que os parques fiquem lotados de adolescentes. Maio e junho também são meses relativamente tranquilos, até chegarmos em julho e agosto, temporada de férias escolares e, consequentemente, de filas gigantescas. Com o retorno às aulas e o fim do verão, setembro talvez seja o segredo mais bem guardado sobre Orlando, pois as multidões vão embora, a temperatura fica mais amena e podemos aproveitar o que os parques oferecem de melhor. Já outubro é um dos meses de maior procura, com filas enormes, principalmente na segunda quinzena, que voltam ao normal em novembro e dezembro.

Outra forma de evitar as filas é verificar se há algum feriado americano ou evento na época (a semana entre o Natal e o Ano Novo e o feriado de “Thanksgiving” são os períodos mais movimentados). A Disney criou vários eventos para atrair público mesmo nos meses de menor movimento. Assim, entre os mais famosos, temos algumas maratonas (a mais conhecida acontece logo no início de janeiro), o “Star Wars: Galactic Nights” no Hollywood Studios (em 2018, foi em maio), os festivais “Flower and Garden Festival” (de fevereiro a maio de 2018) e “Food and Wine Festival” (geralmente, de setembro a novembro) no Epcot, além das festas “Mickey’s Not-So-Scary Halloween Party” (datas selecionadas de agosto a outubro em 2018) e “Mickey’s Verry Merry Christmas Party” (datas selecionadas em novembro e dezembro). Dos eventos que listamos, já tivemos a oportunidade de participar do “Food and Wine Festival” e do “Mickey’s Verry Merry Christmas Party” e podemos afirmar que valem MUITO a pena!

DICA: existem vários sites não oficiais, com informação sobre a programação dos parques. Muitos deles, inclusive, criaram um “crowd calendar” (calendário de multidão), que informa os melhores dias e época do ano pra visitar cada parque. Podemos citar: wdwinfo.com; undercovertourist.com; e easywdw.com.

Por fim, caso seu interesse primordial seja compras, é bom ficar atento aos melhores períodos de promoções. A melhor e mais conhecida data para compras, sem dúvida, é o “Black Friday”, que sempre acontece na quarta sexta-feira do mês de novembro (a “Black Friday” ocorre no dia seguinte ao “Thanksgiving”, feriado em que a cidade fica lotada). Outras datas interessantes para compras são: os feriados de “President’s Day” (fevereiro); Dia da Independência (4 de julho); e Labor Day (setembro).

Voo, hotel e carro:

Definido o período da viagem, avançamos para a emissão da passagem, reserva de hotel e aluguel carro. Apesar de Orlando ser a queridinha dos brasileiros, infelizmente, não há tantos voos diretos para lá quanto gostaríamos. De São Paulo até existem mais opções, mas, partindo do Rio de Janeiro, somente a LATAM opera voos diretos e, mesmo assim, apenas algumas vezes por semana (a passagem pode ser emitida com milhas no site da Multiplus). Outra opção pra quem faz questão de voo sem conexões é ir para Miami e de lá dirigir por cerca de 3 horas até Orlando.

No quesito hotelaria, a cidade é imbatível, com opções para todos os gostos e preços bem acessíveis. O primeiro passo é decidir entre ficar ou não em um dos hotéis da Disney ou da Universal. Os parques possuem hotéis de diversas categorias, que geralmente são um pouco mais caros que os demais, mas oferecem alguns benefícios para o hóspede, como o acesso mais cedo e transporte aos parques, além da imersão naquele mundo de fantasia durante o dia inteiro. É a alternativa ideal pra quem não pretende fazer compras ou alugar carro. No caso de hospedagem fora dos complexos dos parques, as zonas da International Drive (mais próxima dos outlets e da Universal) e do Lake Buena Vista (mais perto da Disney) possuem inúmeras opções, sendo ainda possível alugar uma casa em um dos condomínios da região. Para a reserva de hotéis, indicamos o booking.com.

Disney’s Grand Floridian Resort & Spa

DICA: em determinadas épocas do ano a Disney oferece em seu site uma promoção na qual o hóspede recebe o Plano de Refeições gratuito, caso reserve um dos hotéis da companhia. O plano pode variar, mas consiste, basicamente, em refeições inclusas nos restaurantes dos parques e dos hotéis.

Quanto à locação de veículo, entendemos ser fundamental pra quem quer ter mais flexibilidade, uma vez que Orlando não tem metrô e os táxis não são muito baratos, nem fáceis de encontrar. Mas fiquem tranquilos, porque as locadoras normalmente oferecem carros excelentes e, tendo um GPS, é muito fácil dirigir pela cidade. Sempre tivemos boas experiências alugando pela Rentalcars e pela Sixt.

Definir a programação:

Na terceira etapa do planejamento, sugerimos estabelecer uma programação diária, definindo os parques, shoppings e demais atrações a serem visitadas.

Então, quais parques visitar? Bom, a Disney possui 4 parques principais, fora os aquáticos. Magic Kingdom e Animal Kingdom tem mais atrações para crianças pequenas, enquanto o Epcot talvez agrade mais os adultos e o Hollywood Studios, com temática de estúdio de cinema, faz sucesso entre os adolescentes. Já o complexo da Universal tem, lado a lado, o Universal Studios e o Islands of Adventure, ambos com muita inovação tecnológica e simuladores, além do novo parque aquático Volcano Bay. Embora Disney e Universal sejam mais tradicionais, existem outras inúmeras opções de diversão em Orlando e cidades vizinhas como o Sea World, Busch Gardens (Tampa), Legoland (Winter Haven), entre outros.

Com vovó, didi, papai, mamãe e esses gatos esquisitos no Islands of Adventure

DICA: pra quem viaja com criança pequena, é interessante entrar no site dos parques e verificar as limitações de altura e idade de cada atração. Assim, é possível escolher previamente os brinquedos apropriados, poupando tempo e evitando a frustração de ver seu filho barrado na última hora.

Quase deu!

Para aqueles que querem aproveitar a viagem e fazer umas comprinhas, Orlando é igualmente atrativa, sendo conveniente programar uns 2 locais de compras por dia (sem parque), de preferência próximos um do outro. Os principais outlets são os da rede Premium, situados ao norte a ao sul da International Drive. Existem, ainda, os enormes shoppings Florida Mall e Mall at Millenia, além da Best Buy (eletrônicos), Bed Bath & Beyond (produtos para casa), Target, Wal Mart, T. J. Maxx, Marshalls, enfim, muitas opções.

Orlando Premium Outlets

Mas se engana quem pensa que Orlando só tem parques e shoppings. Como opção de programas alternativos, sugerimos um passeio na vizinha Winterpark que, com seus cafés e restaurantes, lembra até uma cidade europeia ou na Orlando Eye, roda gigante similar a de Londres, que certamente irá agradar a criançada. Para os fãs de esportes, é possível ir a um jogo de basquete do Orlando Magic, de futebol do Orlando City ou até de futebol americano em Tampa e Miami. De noite, vale muito a pena conhecer o Disney Springs (anteriormente chamado de Downtown Disney) e o Universal CityWalk, complexos de entretenimento com restaurantes, bares, lojas, cinemas e teatros.

Últimos detalhes:

Com o básico já resolvido, restam apenas alguns detalhes que, programados com antecedência, certamente facilitarão a viagem.

Quem falou que só tem hamburguer nos parques?

Como alimentação é uma grande preocupação na nossa família, algo que nos ajudou bastante na primeira vez em Orlando com filho (de 1 ano e dez meses na época) foi fazer uma lista com os restaurantes que iríamos visitar, tanto na cidade quanto dentro dos parques, para não perder tempo procurando. O ideal é pesquisar os melhores restaurantes e visualizar o menu através de sites como o Tripadvisor ou dos próprios sites oficiais dos parques. Aí vão algumas indicações: Olive Garden; Buca di Beppo; BJ’s Restaurant & Brewhouse; Prato (Winterpark); além da ótima rede de mercados de alimentos saudáveis Whole Foods Market.

É possível, também, imprimir cupons com descontos realmente significativos, muitas vezes disponíveis nos sites de restaurantes, lojas e shoppings. Os outlets da rede Premium, por exemplo, vendem um livrinho com descontos nas cabines de “Guest Services” por 5 dólares, mas, fazendo um cadastro prévio no site deles, é possível retirar esse livro sem custo e ainda conseguir alguns cupons extra.

Ah! E não deixem de comprar o ingresso dos parques com antecedência pela internet, evitando filas na entrada. No caso da Disney, isso ainda permite marcar o FastPass, sistema gratuito em que o visitante pode agendar um horário específico para comparecer a 3 atrações em cada parque sem ter que entrar na fila normal. Basta criar uma conta no site, inserir o número do ingresso e realizar o agendamento com até 30 dias de antecedência ou 60 dias se estiver hospedado em um hotel da Disney.

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